A linguagem corporal é analisada de forma contextual, e não isolada. Cruzar os braços não necessariamente é timidez, distanciamento: pode ser frio!
Sucede, porém, que é muito comum uma certa simplificação, como se, por ex., todo silêncio antes de responder, na prova oral, fosse sinônimo de deferência à banca e uma forma de invisibilizar a dificuldade com o tema. Ora, a depender do contexto, pode soar, além de artificial, uma evidente perda de fluidez. Imaginemos:
"Dr., tenho vários questionamentos, de modo que esse primeiro é só para contextualizar. Depois falaremos de um caso concreto, ok? De forma bem objetiva, qual a regra geral? A regra geral. Há ou não há dano moral em caso de negativação indevida?"
O candidato, depois de silêncio de 10s, diz: "Excelência,..."
Nesse sentido, é importante analisar sempre a comunicação de forma completa: desde a construção das informações à oratória. E, em especial, o que o auditório espera de nós, que, certamente, não é uma robotização e artificialidade.
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