Algumas pessoas possuem a crença de que não conseguirão estudar a menos que se sintam motivadas. Contudo, é provável que quanto mais você espere a motivação, mais dificuldade tenha em começar. Isso porque você irá se criticar, se sentir mais impotente... abrindo espaço para pensamentos intrusivos, como: “não vou conseguir”, “acho melhor desistir de estudar”, “outras pessoas são melhores que eu” .
Ao invés de nutrir a expectativa de que sua motivação irá voltar, desafie a ideia de que precisa estar motivado(a), de que precisa que o seu humor mude e sua vida melhore para agir. Para isso, você pode lembrar à sua mente que não precisa gostar de fazer algo para fazê-lo. Você precisa apenas estar disposto a fazer. É diferente de estar motivado(a), confortável ou pronto(a). Essa disposição para fazer algo que não estamos com vontade se chama “desconforto construtivo” e produz autodisciplina.
Uma razão pela qual, com frequência, não tentamos fazer algo é a necessidade de se sentir imediatamente bem. Sem pensar muito, sem ouvir a voz dos seus pensamentos intrusivos, simplesmente aja. Comece a estudar. Muito provavelmente quando você iniciar, você se sentirá melhor. A ação cria motivação. Não o contrário.
A atividade cria novas realidades, nova energia, e sensação de autocontrole (você se sente como o maestro da sua vida), o que possivelmente vai trazer motivação. Além disso, você pode fazer dois exercícios que podem te ajudar: 1) escrever os custos e benefícios de estudar e 2) Deixe visível a resposta para seguinte pergunta: “mesmo sem vontade, eu vou estudar porque: “(descreva aqui os valores importantes para você, ou seja, algo maior pelo qual vale o esforço de lutar contra a desmotivação do momento)”. Os Valores podem oferecer uma motivação profunda que ajuda a sustentar a prática de atividades na busca por objetivos desafiadores, mesmo quando isso é entediante ou ansiogênico (como é o caso dos estudos). A medida que você avança e faz o que precisa (estando ou não motivado(a)), já estará sendo recompensado(a).
Ah, mas se você não conseguir fazer isso sozinho(a), um (a) psicólogo(a) pode te ajudar.
Beijos Juliana Amaral – Psicóloga
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