Você chegou e num piscar de olhos já se passaram seis meses vivendo meu sonho. Hoje compreendo que todos os obstáculos que enfrentei preparavam-me para o AGORA na missão de julgar meus semelhantes; fizeram-me conhecer a dor humana para que, com empatia, tivesse responsabilidade social em todas as minhas decisões, as quais são capazes de transformar vidas. Hoje fica muito claro o porquê sempre, desde tenra idade, a sensação de solidão nunca me abandonou; um sentimento até então inexplicável, mas que hoje faz todo o sentido; estava sendo preparada desde muito pequena para o AGORA; referido sentimento fez-me MAIS FORTE; hoje, com serenidade, sei que nunca estou só. Solidão é um estado vazio de espírito e não a ausência física de companhias desejadas. Hoje faz todo o sentido as palavras de meu pai: "não pertencemos a nenhum lugar, lugar algum pode nos conter, pois somos seres universais". E hoje estou aqui, distante geograficamente, mas realizada em exercer a missão da Magistratura. De repente, não mais que de repente, floresci onde fui plantada conforme os planos do criador que nunca falham e é perfeito em sua plenitude divina. SER MAGISTRADA É EXERCER A MISSÃO DE LEVAR A PAZ SOCIAL AOS QUE ESTÃO SEDENTOS DE JUSTIÇA NA CONCRETUDE! Muito mais que leis, muito mais que formalismo, muito mais que técnicas, muito mais que pompa, MAGISTRATURA é tocar o mundo sagrado dos semelhantes, com prudência, delicadeza e cortezia, buscando sempre fazer o bem, levando a paz para o coração dos aflitos...
abril 01, 2020
Sobre ser juíza - parte 2 - Por Lilian Licia De Souza Caetano
By Júlio César de Almeida | abril 01, 2020
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