Como se sabe, existem concursos feitos pela própria instituição (banca própria) e por banca contratada (como CESPE e FCC). Em regra, as bancas próprias tendem a apresentar maiores peculiaridades, já que a Comissão do concurso - designada antes do edital - varia e não está acostumada a fazer prova todo ano. Por isso, em geral, o fator "imprevisibilidade" se mostra mais presente nessas bancas, em relação às quais tem maior impacto o ato de estudar a banca.
Por outro lado, as bancas contratadas tendem a ser mais previsíveis, viabilizando a preparação de acordo com as provas recentes para a mesma carreira. O que quero destacar, porém, é que isso NÃO exclui certo papel da instituição contratante/Comissão do Concurso na aplicação da prova.
Isso vai da priorização do conteúdo ao estilo de prova. Na priorização de conteúdo, é plenamente possível que a instituição dê direcionamento (para dar foco mais teóricou ou para um problema recorrente local, como ocupação de imóveis públicos, por ex.). E, no que se refere ao estilo de prova, pode pedir para "aliviar" a mão nas avaliações, porque precisa de lista de espera grande ou o oposto (exigindo maior rigor, porque não tem dinheiro para nomear todos). Já soube de presidente da Comissão – que não participava da arguição - pedindo para a banca contratada não cometer mais grosserias na fase oral do concurso, as quais tinham ocorrido com outros candidatos nos dias anteriores.
Assim, é importante ter em mente que, por vezes, certa conduta de uma banca contratada não quer dizer que ela tenha "mudado" de estilo: apenas se adequou aos parâmetros do cliente, com quem não quer arranjar, em regra, problemas. Sem entrar no mérito dessa ingerência, é possível dizer que ela existe e é mais uma das variáveis presentes na condução dos certames de bancas contratadas.
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