Fases do concurso - Prova oral - Parte 15 Os diferentes estilos de prova

By | janeiro 27, 2020 Leave a Comment


Existem diferentes modelos de prova oral a depender do edital e do concurso, basicamente dividindo-se de acordo com os seguintes critérios: (i) presença da banca, (ii) tempo, (iii) existência de prova de tribuna e (iv) multiplicidade de bancas.

Quanto à presença da banca, existem provas feitas perante a banca INTEIRA (como na magistratura) e provas realizadas diante de apenas um examinador (MPF e Defensorias, em geral). A primeira tende a ser mais formal, ter menos interrupções e a exigir do candidato uma maior coerência (não há como agradar gregos e troianos, diferentemente do que sucede em provas perante um examinador, nas quais é possível se adaptar a ele).

A questão do tempo, por sua vez, diz respeito à existência de limite de tempo de prova CONTROLADO pelo próprio candidato, o que costuma ocorrer em provas do CESPE. A prova de juiz do TJCE, por ex., durou 15 minutos, com três examinadores, cujas perguntas eram entregues por ESCRITO ao candidato. A cada intervalo de tempo (normalmente de 5 minutos), o CESPE costuma subir uma placa, sendo que, finalizado o tempo, o prejuízo é do candidato.

A existência de prova de tribuna ainda se faz presente em algumas provas de promotor, antes ou depois da arguição oral, e consiste no sorteio de um ponto, como Lei Maria da Penha, com poucos minutos antes da prova para o candidato dele falar livremente (sem interrupções) por certo tempo (aproximadamente 15 minutos).

Por fim, algumas provas com muitos candidatos têm multiplicidade de bancas, como recentemente ocorreu com a prova de Delegado de SP e costuma ocorrer com cartórios. Ou seja, há várias bancas concomitantes, sendo que o candidato pode ter o “azar” de cair com um examinador mais rigoroso.

Independente de estilo, reforço que cada examinador tem um estilo e a comunicação do candidato é com CADA UM examinador. Na prática, vivem-se muitas provas orais em uma só: desde aquele que é mais empático e deixa falar àquele examinador que sufoca, problematiza e coloca em xeque as teses lançadas com argumentos ad absurdum.

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