A aprovação na fase subjetiva gera, de imediato, um grande alívio, pois normalmente o grande gargalo do concurso está na 2ª fase, na qual o nível entre os competidores é bem alto. Antigamente a aprovação na prova subjetiva significava a garantia de nomeação, porque a prova oral tendia a ser meramente homologatória. Nos últimos anos, porém, o que tem se verificado é o aumento da importância da prova oral, em função de alguns fatores: (i) reprovações; (ii) aprovação sem ser nomeado; (iii) lotações ruins.
Quanto à reprovação, ela tendia a ficar adstrita a alguns concursos, como o TJSP, mas passou a se expandir para outros, como, recentemente, o TRF-2. A reprovação depende da regra do concurso: há bancas, como a do MPF, que exigem nota mínima em CADA examinador; e outras, como as provas da magistratura, nas quais basta uma média da nota atribuída pelos examinadores (nota 6).
Independentemente da reprovação, muitas vezes a APROVAÇÃO não é sinônimo de nomeação, seja por serem aprovados candidatos além das vagas, seja por questões orçamentárias. Isso é evidenciado pelo aumento do número de comissões de aprovados, que buscam canalizar iniciativas para obter a sonhada nomeação.
Outro fator que tem aumentado a relevância da prova oral é a busca por melhores lotações. Não é segredo para ninguém que a maioria das carreiras está significativamente engessada, ou seja, os movimentos horizontais (remoções) e verticais (promoções) estão cada vez mais raros. Chegar numa capital, a depender do concurso, pode levar muito mais do que uma década. Assim, a busca por posições na última fase pode significar melhor qualidade de vida, como a proximidade da família, ou, no caso de concurso de Cartório, remuneração (muito) melhor.
Desse modo, a preparação para a prova oral tem deixado de ser algo acessório para se tornar essencial para a obtenção da aprovação, com boa classificação e lotação.
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