No post anterior, mencionei que a possibilidade de usar o vade mecum em prova subjetiva permite que se sacrifique a leitura da lei nos estudos. Porém, havendo base legal, a lei deve, sim, ser mencionada em prova subjetiva. Então, eu só teria coragem de sacrificar o estudo da lei se já tivesse habilidade de manuseio do vade mecum, isto é, habilidade de encontrar a base legal dos assuntos.
Um simples teste pode ajudar na aferição dessa habilidade. Sem usar o computador e com o vade mecum habitual, se e em quanto tempo você encontra a base legal da discussão a respeito da possibilidade de porteiros receberem intimação no âmbito do Processo Civil? Esse tipo de pergunta pode vir diretamente ou como um aspecto dentro de uma pergunta de instrumentalidade das formas. Outro teste é uma pergunta sobre prescrição intercorrente no direito tributário ou sobre logística reversa no direito ambiental.
À evidência, qualquer uma dessas perguntas pode ter tocado num ponto fraco de cada um e não servir para maximizar uma conclusão no sentido de dificuldade de encontrar algo no vade mecum. O que quero destacar, porém, é que, sendo maior a facilidade de encontrar os temas, (i) mais o aluno poderá se valer da opção de sacrificar o ESTUDO da lei para as provas subjetivas e (ii) menos tempo perderá na prova folheando o vade mecum.
Nesse panorama, o costume de estudar com determinado vade mecum ajuda. Eu sempre levei uma versão igual do vade mecum que usava para estudar (Rideel Compacto 2014) e usava como base para encontrar rápido os temas em provas que fiz em 2016, 2017 e 2018. Muita gente já vivenciou experiências de memória visual/fotográfica: sabe em que canto as coisas estão anotadas. Claro que, em razão de eventual desatualização, não levava só esse vade mecum (em breve falarei do material que costumava levar), mas já fiz provas subjetivas inteiras sem precisar de recorrer à consulta dos outros materiais que levei.
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