Hoje trago a trajetória do amigo Renan, aprovado no 29º concurso de Procurador da República. O relato confirma o maior ponto de dificuldade nos concursos: a lei seca. Superado o problema, o Renan conseguiu a aprovação no concurso para a carreira pela qual sonhou. O concurso do MPF tem a enorme desvantagem de ser muito específico – com nível de cobrança em determinadas matérias que não tem tanta utilidade em outros concursos –, mas isso faz com que, em geral, pessoas que tenham sincera admiração pela carreira passem. Parabéns e obrigado, Renan!
O grande amigo Julio me concedeu a honra de compartilhar com vocês um pouco da minha trajetória até a aprovação.
Essa história começa ainda na graduação, quando fui aprovado no X Processo Seletivo de Estagiários da PR/MT. Além do aprendizado profissional diferenciado, o estágio também me proporcionou um crescimento pessoal incrível, pois tive a sorte de integrar uma equipe de trabalho extraordinária.
Por essas e outras razões, decidi que prestaria o concurso para Procurador da República. Ouvi coisas como: “Vc é maluco?”; “Vc mira alto hein?”; “Aqui em MT quase ninguém passa nesse concurso né?”; “Pq vc não escolhe um cargo que ganha mais e não precisa estudar tanto?”.
Por outro lado, também ouvi muitos incentivos, sobretudo de pessoas que foram extremamente importantes nessa caminhada. Não por acaso, várias delas são do próprio MPF.
Conclui a graduação e assumi um cargo de assessor no TJMT. Embora tenha sido importante naquele momento, o estudo para o concurso ficou prejudicado pelo volume de trabalho que enfrentava diariamente. Posteriormente, recebi um convite para retornar ao MPF, desta vez no cargo de assessor (CC-2). Aceitei e segui na rotina de conciliar o trabalho com os estudos. Não havia completado os 3 anos de atividade jurídica quando fiz pela primeira vez a prova do MPF. Ao final das 5 horas, sequer terminei as 120 questões da primeira fase hahaha. Apesar disso, segui estudando, pois tinha certeza que a preparação, embora difícil, era o caminho.
Minha maior dificuldade era a prova objetiva. Nunca gostei de passar horas lendo a “lei seca”, mas acreditem: isso é fundamental para superar essa etapa. Dentre outros resultados ruins, reprovei por 3 pontos na primeira fase do TRF3 e por 2 pontos no MPMT e do MPDFT. Como se não bastasse, ao realizar a objetiva do 28º CPR, consegui boa pontuação no G1, no G2 e no G3, mas fiquei por 2 pontos no G4. Não foi fácil. Mais uma reprovação. Mais um arrependimento por não ter estruturado melhor o estudo para a objetiva. Foi então que eu mudei. Mudei minha estratégia de estudos, mudei de trabalho e foquei no resultado desejado. Deu certo! Ultrapassada a fase objetiva do 29º CPR, fui aprovado na fase subjetiva e também na prova oral. O que parecia tão distante, finalmente se concretizou.
A aprovação exige disciplina, comprometimento, paciência, resiliência e uma boa dose de fé. Trata-se de uma escolha que envolve privações, pressões e muitas incertezas. Quem enxerga apenas a vitória não faz ideia de que o êxito é precedido pela dor das derrotas, pelo suor da preparação e pela necessidade de superação. Mas se é o seu objetivo, faça dar certo!
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