Trajetória nos concursos - Diego Vitorio

By | junho 05, 2019 Leave a Comment

Hoje trago a trajetória de @diegovitorio_, juiz federal no TRF-1ª Região e ex-DPU. O relato do Diego reforça que para alcançar grandes cargos não é necessário ter uma jornada tranquila desde cedo. O Diego reprovou no vestibular e na seleção de estágio para a Justiça Federal, na qual, atualmente, ele atua como juiz federal! O Diego também pontua a relevância da repetição no processo de memorização, o que é mais eficiente com material mais resumido (que permite rever mais vezes). Obrigado pelo relato, Diego!


Fui aprovado aos 22 anos para o cargo de Defensor Público Federal, meu primeiro emprego. Aos 28, fui aprovado para Juiz Federal. Quem lê essas primeiras linhas pode achar que tive uma jornada tranquila.

Sou natural de uma pequena cidade localizada no interior de Alagoas – Palmeira dos Índios. Estudei a minha vida inteira no interior. Nunca fui o melhor aluno da turma, longe disso. Fui reprovado no vestibular da Universidade Pública, bem como de uma Faculdade particular. Só obtive êxito na terceira tentativa, em uma Faculdade particular do interior de Alagoas.

Durante o curso de Direito, fui reprovado em algumas seleções de estágio, entre elas a para estagiário da Justiça Federal. Hoje sou eu que seleciono os estagiários da Justiça Federal onde trabalho.
Em 2009, no final do curso de Direito, comecei a fazer um curso preparatório para concursos. Neste curso, tive contato com o Professor William Douglas e suas técnicas de estudo, bem como com o Professor e amigo Felipe Lima. As técnicas de estudo que aprendi com eles revolucionaram a minha vida, especialmente os mapas mentais, as técnicas de organização e planejamento, bem como a motivação.

Após um ano de estudos intensos, fui aprovado para Defensor Público Federal, aos 22 anos, usando, basicamente, as aulas do curso e meus cadernos de revisão. Em setembro de 2010 tomei posse.
Eu não ia fazer esta prova. Não me achava preparado, pois havia sido reprovado para agente de polícia federal alguns dias antes. Só fiz porque meu pai acreditava mais em mim do que eu mesmo e pagou minha inscrição sem a minha concordância no último dia. Nós nunca vamos nos achar preparados, até o dia que vamos lá e somos aprovados.

Era bem engraçado no início, pois os assistidos da DPU não acreditavam que eu era o Defensor, por conta da pouca idade. Vários deles pediam para que eu chamasse o Defensor e ficavam surpresos quando sabiam que era eu mesmo.

Eu me sentia um estelionato intelectual, achava que a qualquer momento todos iam descobrir que eu não sabia de nada e estava ali por pura sorte. Ainda hoje me lembro da primeira audiência criminal que participei, na qual tremia e suava incessantemente e quase não consegui fazer as perguntas. Com o tempo, percebi que sabia tanto quanto os demais profissionais que trabalhavam comigo.

Passei seis anos na DPU. Orgulho-me muito em ter sido Defensor. Uma profissão abençoada – ser pago para ajudar os mais necessitados. Contudo, sentia que algo me faltava e tinha que buscar algo maior, o meu sonho – ser Juiz Federal.

Em meados de 2014, iniciei a jornada rumo a Magistratura Federal. TRF4/2014 – reprovado na objetiva. TRF5/2015 – reprovado na discursiva. TRF3/2015 – reprovado na discursiva. TRF4/2016 – reprovado na discursiva. TRF1/2015 – Enfim aprovado na Magistratura Federal.

Meu método de estudo consistiu em aulas, resumos, informativos e questões.

As aulas eu assistia em velocidade acelerada. Pelo menos umas quatro aulas de 2h30min por dia. Na reta final, consegui assistir dez aulas num só dia.

Os resumos eu gostava de ler em aplicativos de leitura, de modo que o aplicativo lia para mim e eu acompanhava (com o fone de ouvidos e com os olhos). Conseguia acelerar a velocidade neles também. Isso fazia com que eu ficasse bem mais concentrado.

Os informativos eu acompanhava pelo Dizer o Direito (versão resumida).

Em relação as questões, eu comprei vários livros de questões comentadas.

No final, cheguei a conclusão de que o essencial para a memorização é a repetição constante. Desta forma, é necessário um material resumido, para que se consiga rever várias vezes. Os mapas mentais me ajudaram muito nesse aspecto.

Não tenham medo de almejar os cargos mais difíceis. Quem deve avaliar você é o examinador. Com o método correto, disciplina e motivação, qualquer pessoa pode ser aprovada em qualquer concurso que deseje. Como eu consegui, você também consegue. Pode crer!

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