No post anterior, falei de como
catalogava meu desempenho em cada prova por ramo e fonte do direito. Uma
análise mais APRESSADA desses dados, porém, pode embasar reações pouco úteis,
já que não se cria o parâmetro do que é uma questão fácil e difícil.
Como já disse, a realidade é que
os candidatos mais preparados praticamente não erram questões fáceis (julgados
amplamente difundidos, núcleo duro das leis e doutrina básica). Acertam boa
parte das questões intermediárias, ficando em dúvida entre duas alternativas em
algumas. E acertam cerca de 50% nas difíceis, nas quais filtram bem menos.
Assim, obter um número SEMELHANTE
de erros em questões fáceis e difíceis é um dado eloquente da necessidade de
reação. O objetivo maior, em termos estratégicos, deve ser neutralizar, ao
máximo, os erros em questões fáceis. As difíceis são deixadas mais ao acaso, ou
seja, à habilidade momentânea de filtrar.
Nesse panorama, eu construía o
parâmetro de DIFICULDADE da questão com base no JUÍZO COMPARATIVO
(comportamento de outros candidatos), utilizando o site olhonavaga APÓS a
divulgação do gabarito oficial, momento em que os dados são mais confiáveis. No
campo “gráficos” no “ranking” (salvo engano, a assinatura é indispensável), é
possível ver as questões com MAIS erros e MAIS acertos, bem como, na tela
principal, analisar o desempenho dos melhores colocados em cada “bloco” ou ramo.
Com isso, obtinha dados
suficientes para EVITAR o que o Francisco Beck, 1º lugar do TJRS, chamou de
problema da “glamourização de questões difíceis”. A ideia era IGNORAR erros em
questões difíceis e dar um MAIOR valor a erros de questões fáceis. Por ex., se acertei
3 de 5 questões de “lei” em ambiental e as 2 erradas eram difíceis, não
alterava em nada meu estudo de lei seca em ambiental; se, porém, eram fáceis,
significava para mim o mesmo de praticamente ter zerado a lei em ambiental; no
caso de serem intermediárias (ie., não apareciam no rol de maior ou menor
acertos), mantinha o ritmo normal de estudos, porque, com as revisões e
acúmulo contínuo, naturalmente mais questões intermediárias tornar-se-iam
fáceis.
No próximo post, falo das reações
diante dos dados obtidos.
0 Comments: