Costumo dizer que o que me ajudou na conciliação de concursos de áreas distintas, federais e estaduais, foi o material denso e enxuto, sempre pronto para ser acionado de acordo com as provas a serem enfrentadas. Eu organizei a revisão diante de concursos diversos focando nas matérias comuns e deixando para a reta final a matéria que só teria pertinência para o concurso mais próximo.
Por ex., no dia 11.03.17, fiz a prova objetiva do MPF. No dia 25.03, a prova objetiva do TRF-2. No domingo seguinte (2.04), fiz a prova oral da DPES. Em maio, eu me submeti às sentenças no TJRS. Minha estratégia, então, foi revisar de acordo com as matérias cobradas no MPF. Feita a prova do MPF, revisei nas duas semanas seguintes para o TRF-2ª Região, focando em direito previdenciário, financeiro, tributário e ambiental. Passada a prova do TRF-2, estudei ECA, família/sucessões e execução penal à exaustão para a prova da DPES. Para as sentenças do TJRS, comecei a executar uma nova revisão global.
Nesse panorama, não tinha muito sentido ler o ECA antes da prova do MPF, seja porque não é tema de grande interesse do MPF, sequer objeto de ramo específico no edital, seja pelo fato de que a exigência de ECA em prova de defensoria talvez seja a mais alta em concurso público, com arguidor específico na prova oral da FCC, de modo que teria que me preparar melhor e ter informações mais frescas.
Assim, diante de concursos diversos e em fases diferentes, optei por organizar as matérias de modo que não ficasse vulnerável em nada e deixei, na medida do possível, os ramos com maior exigência e dificuldade para serem revistos em data próxima da prova.
Na hipótese de existir um bom tempo para a prova seguinte (2 meses, por ex.), aproveitava para reforçar os materiais, atualizá-los ou ler algum material mais aprofundado. Em determinada entressafra de provas, por ex., li e resumi em folhas A4 os livros “Temas Atuais do MPF” e “A Prova no Enfrentamento à Macrocriminalidade”, com vários artigos interessantes para a prova do MPF. Se, porém, ainda estivesse com dificuldades em provas objetivas, não optaria por reforçar nada: ficaria revisando reiteradamente o material que já tinha.
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