Revisão - Parte 11 - As pausas e minha experiência: com a base formada, permita-se mais

By | março 10, 2019 Leave a Comment


Após aprovação na prova oral de juiz do TJRS em outubro de 2017 e tomar posse, tinha o seguinte cenário de concursos pendentes: o TJSP não tinha corrigido a prova subjetiva; e o MPF sequer tinha divulgado o gabarito da objetiva (concurso estava suspenso). Preferi, então, viver a carreira que tinha me abraçado e fiquei 4 meses sem estudar.



Aprovado nas sentenças do TJSP, retomei os estudos em março de 2018. O tempo, que era mais farto, ficou curto. Fiz a prova oral do TJSP no início de julho e parei de estudar novamente. O MPF me convocou para a prova subjetiva no final do mês de julho. Eu estava na UTI nas matérias federais, sem contato por um bom tempo. Estudei 3 semanas, fiz a prova subjetiva em agosto e parei. Iria trocar de Tribunal (RS por SP) e me casar em setembro. Convocado para a oral do MPF no final de setembro, eu só consegui retomar o estudo praticamente no meio de outubro, já instalado no TJSP. Fiz, então, minha última prova (oral em 25.11).

Com isso, aprendi que, depois de um certo nível de competitividade, eventual pausa o deixa “adormecido”, e não “fora de combate”. A base já está feita.

O meu caso infirmou toda a minha ideia rigorosa de que, parando, a curva do esquecimento me engoliria em menos de um mês. Entre outubro de 2017 (oral do TJRS) e novembro de 2018 (oral do MPF), fiquei: 4 meses parado (novembro, dezembro, janeiro e fevereiro); depois, estudei as poucas 2 a 3 horas nos dias de semana (março a junho); em julho, parei novamente; com a retomada do MPF, estudei 3 semanas em agosto e por poucas horas; em setembro até meados de outubro, parei totalmente; de outubro até a prova oral, em 25.11, estudei poucas horas.

Nesse cenário, o Júlio que começou os estudos para concurso diria, com segurança, que essa pessoa não teria condição de passar. A experiência infirma muitas de nossas convicções. Hoje vejo que NÃO teria tanto prejuízo se tivesse sacrificado uma das cerca de 15 revisões de constitucional que fiz. Poderia ter pausado às vezes, como, mesmo sem planejar, acabei tirando vários meses de “folga”. Com a base formada e sem prova iminente, permita-se mais!
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