A
opção pela leitura das remissões originárias do Vade Mecum certamente
ajuda a desenvolver a habilidade de associar mentalmente dispositivos
diversos, previstos em diferentes bases legais. No entanto, as remissões
usualmente são em grande número, o que torna as revisões mais lentas e
menos competitivas.
Nesse contexto, eu apenas lia a remissão PROPOSTA pela doutrina, ou seja, o dispositivo para o qual a doutrina me direcionava. A forma pela qual realizei isso foi sublinhando o dispositivo ou, quando ele não era lembrado pelo próprio Vade Mecum, anotando. Com essa estratégia, o número de remissões cai significativamente. Eu fazia, para solidificar mais a associação, o “jogo de espelho” nas remissões.
A vantagem de fazer isso é assimilar o que chamo de “link” ou contextualização entre assuntos/dispositivos correlatos. Esse “link” normalmente é o que se espera nas provas subjetiva e oral. O grau de dificuldade das provas aumenta se, para cada tema passível de cobrança, o “link” tenha que ser construído com uma criatividade momentânea. As remissões ajudam a neutralizar isso um pouco.
Por ex., ao ser cobrado o tema de
nulidades no processo penal, a base legal mais comum de ser lembrada é o
art. 563 do CPP. Mas a antiga súmula do STF de n.º 523 dá uma
concretude maior ao assunto. E a súmula é lembrada pela doutrina ao
falar do tema e, além disso, está nas remissões do Vade Mecum. O “jogo
de espelho” consistia em sublinhar a “sum. 523” no art. 563 do CPP e
escrever “563, CPP” na súmula. Outro exemplo é incluir o art. 2, § 2º,
da Lei de Lavagem no art. 366 do CPP, exatamente por ser sua exceção.
Falei muito da estratégia de não repetir o que está na lei como importante forma de obter concisão na preparação do material. Isso NÃO inclui, a meu ver, o relevante papel da doutrina de fornecer os “links”. Ao amarrar os temas, a um só tempo, (i) ganhava habilidade para as provas subjetiva e oral e (ii) facilitava o processo de memorização (pois acabava revendo os dispositivos mais referidos – que têm, aliás, maior chance de serem cobrados – mais de uma vez).
Falei muito da estratégia de não repetir o que está na lei como importante forma de obter concisão na preparação do material. Isso NÃO inclui, a meu ver, o relevante papel da doutrina de fornecer os “links”. Ao amarrar os temas, a um só tempo, (i) ganhava habilidade para as provas subjetiva e oral e (ii) facilitava o processo de memorização (pois acabava revendo os dispositivos mais referidos – que têm, aliás, maior chance de serem cobrados – mais de uma vez).
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