Finalizados os posts sobre a PREPARAÇÃO do material, começo hoje a
série de posts sobre a REVISÃO. A importância da revisão tem relação
com a chamada “curva do esquecimento”. A curva do esquecimento
está ligada à perda de memória de algo por ausência de contato. Um
exemplo claro é a música. A pessoa que escuta uma música pela primeira
vez dificilmente se recordará da letra. Nos primeiros contatos, a
memória só é ativada quando se acabou de escutá-la. Depois de algumas
vezes, é possível passar um bom tempo sem escutar a música para, mesmo
assim, conseguir lembrar dela. Ninguém aprende a letra de “Faroeste
Caboclo” escutando apenas uma vez. O gráfico é intuitivo: de
esquecimento quase que total após o primeiro contato para esquecimentos
cada vez menores, parciais e não significativos.
Diferentemente da música, a memorização no concurso não tem alguns facilitadores, porque o material não é acabado (está em constante atualização), é longo e, em regra, sem interesse afetivo. Mas o processo é o mesmo para obter o domínio: a repetição.
Por isso, o mero fato de esgotar o edital dificilmente traz competitividade imediata. Eu terminei o material após 1 ano e 9 meses e tive evolução extremamente tímida no período. Os resultados só foram alcançados após as revisões, que executei de forma sucessiva e integral. Querer obter resultados em tal momento é cruel consigo mesmo, tal como ocorreria se cobrássemos a lembrança integral de uma música logo após escutá-la.
A metodologia dos CICLOS parece trabalhar com esse enfoque: propõe revisões sucessivas e espaçadas. Ativa a memória e, de conseguinte, permite colher frutos. Sobre o tema, optei por inserir as revisões somente APÓS a feitura do material, porque (i) queria terminar os resumos e (ii) preferia ter competitividade em todas as matérias ao mesmo tempo, já que enfrentaria concursos diversos. Em todo caso, independentemente do momento em que será inserida a revisão (se durante e/ou após os resumos), o importante é enfrentar a curva do esquecimento com a repetição.
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