O amigo Francisco trouxe, gentilmente, uma grande contribuição ao tema do último post com
um comentário bem analítico sobre o problema de tomar as questões
difíceis como norte de estudo. Trago o texto aqui para que todos tenham
contato.
Vejo com frequência uma certa 'glamourização' de questões difíceis que eventualmente aparecem em provas de alto desempenho, notadamente na fase oral. Ao sinal de questão mais complexa, professores, cursinhos e candidatos correm a compartilhar e destacar que tal assunto tido por difícil foi cobrado em determinada prova e por isso é necessário estuda- lo com afinco.
Com isso, candidatos desavisados tendem a interpretar que aquela prova toda foi no mesmo nível, tomando a exceção por regra . O passo seguinte é os candidatos usarem suas horas líquidas de estudo nesses assuntos mais densos, com largo prejuízo à competitividade.
O exemplo mais claro são esses nomes menos conhecidos de teorias penais. Vejo pessoas perdendo tempo útil em um grande esforço no sentido de decora-los todos.
Eu sempre estudei pra provas de concurso exatamente com a estratégia que você menciona neste post: não errar questões fáceis ; garantir que, nas intermediárias, consiga ficar entre duas alternativas; e me resignar em por vezes errar as difíceis , as quais nunca são a regra das provas.
Nessa sistemática , sempre dediquei , por exemplo, menos tempo de estudo à Lei das SA, aos tributos em espécie , à lei de licitações , e a varias legislações penais esparsas com menos incidência ou de maior densidade. Grande abraço!
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